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terça-feira, 27 de janeiro de 2015

90 anos da GM: os carros perdidos que a Chevrolet quase fabricou no Brasil

90 anos da GM: os carros perdidos que a Chevrolet quase fabricou no Brasil

90 anos da GM: os carros perdidos que a Chevrolet quase fabricou no Brasil

Como vimos mais cedo no Zero a 300 de hoje, a General Motors do Brasil completou 90 anos nesta semana. Normalmente faríamos um post sobre sua história e glória e lembraríamos os melhores carros da Chevrolet (e GMC) no Brasil e lamentaríamos a guinada que ela deu nos últimos anos, mas desta vez vamos fazer diferente.
Quer dizer, todos nós conhecemos muito bem os grandes ícones engravatados e todos os carros maravilhosos que a GMB fabricou por aqui. Então por que em vez de fazer um álbum de memórias não aproveitamos a ocasião para conhecer coisas novas e descobrir os carros que ela quase fabricou no Brasil? Sim, estamos falando de conceitos, projetos abandonados, modelos que estavam nos planos mas foram deixados de lado ou substituídos por outros e poderiam ter feito uma história diferente nesses 90 anos.

Opala Las Vegas

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Foto: reprodução Quatro Rodas dez/72
No Salão do Automóvel de 1972 a GMB levou ao evento dois Opala “de estudo”, que é um jeito diferente de chamar um carro conceito feito para testar a receptividade do público. Um deles era o Opala Las Vegas, um cupê pintado de verde claro metálico, com meio teto de vinil branco, grade e lanternas traseiras exclusivas, bancos individuais com encosto alto e revestimento de vinil pérola com detalhes em verde e tapetes de nylon.
A Chevrolet aparentemente nunca planejou realmente vender o carro como exposto no Salão, mas queria saber como seria o interesse do público pelas soluções adotadas no carro. Pelo jeito o pessoal gostou, porque várias delas — como os bancos com encosto alto e o meio teto de vinil — acabaram equipando as versões de série do modelo nos anos seguintes.

Opala “Águia”

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O outro Opala “de estudo” que foi ao Salão de 72 não tinha nome oficial, mas acabou conhecido como “Águia” devido ao grafismo do capô, semelhante à fênix dos Pontiac Trans Am da época. A ave mitológica no capô não foi a única inspiração dos esportivos americanos: ele tinha retrovisores de corrida afixados no topo dos para-lamas, faróis com grade de proteção, rodas douradas de liga leve com tala larga e pneus de letras brancas.

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A carroceria era pintada em marrom metálico e os para-choques cromados eram pintados de preto, dando ao modelo um ar mais esportivo. O interior era monocromático e os bancos individuais com abas laterais mais altas, porém ainda tinham encosto baixo, sem apoios para a cabeça. O modelo acabou não produzido por motivos nunca esclarecidos. Talvez o público brasileiro fosse conservador demais para ter um carro com uma fênix no capô.

Opala Pick Up

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A imagem acima é uma bela montagem feita no Photoshop, mas acredite: a GM chegou a produzir protótipos de uma picape baseada no Opala, da mesma forma que as Chevy El Camino derivavam do Chevelle. Isso aconteceu no começo de 1973. Segundo a revista Quatro Rodas de fevereiro daquele ano, o modelo teria sua produção iniciada junto com a versão perua do Opala (a Caravan, logicamente) e seria a primeira picape de luxo do Brasil — e também a primeira derivada de um carro de passeio.

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Contudo, como sabemos, o projeto acabou cancelado e a primeira picape derivada de um carro de passeio no Brasil foi a Fiat 147 Pick-Up, lançada em 1978.

Opala Três Portas

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Na edição de setembro de 1975 da revista Quatro Rodas, o jornalista Nehemias Vassão apurou que a Chevrolet estava preparando uma versão de três portas para o Opala. Na prática, se tratava de um Opala cupê com o vidro traseiro integrado à tampa do porta-malas, formando uma abertura maior para acessar o interior do carro — que deixaria de ser um cupê fastback e se tornaria um hatchback. Até mesmo o banco traseiro seria rebatível para ajudar a carregar mais coisas na traseira do modelo.

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A ideia era aproveitar uma brecha na legislação tributária que o classificaria como “camioneta de uso misto”, o que lhe renderia uma redução de 4% nos impostos e um preço final mais competitivo. O modelo seria apresentado no Salão do Automóvel de 1976, mas acabou nunca se tornando realidade. A única imagem conhecida do modelo é essa ilustração

Opala Diplomata 1979

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Quando falamos em Chevrolet Diplomata logo vem à cabeça aquela última estilização do Opala, com lanternas traseiras integradas, faróis em forma de trapézio e estilo mais moderno. Mas na verdade, o primeiro Diplomata seria lançado ainda na década de 1970, mais exatamente em 1979. Como seu nome sugere, ele foi projetado para ser a versão mais luxuosa do modelo, com rodas de liga-leve, bancos dianteiros reclináveis, direção hidráulica e aquecimento.

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Foram produzidas oito unidades em 1978, já como modelo 1979 e só. O motivo para uma produção tão curta é desconhecido. Uns dizem que a GM teve um problema com o fornecedor das rodas de alumínio e o atraso para receber um novo lote faria o carro sair muito próximo do lançamento da nova “geração”. Outros afirmam que a GM mudou de ideia e achou melhor que o modelo fosse lançado somente com a nova carroceria, em 1980. Seja qual for, o Opala Diplomata 1979 é um daqueles carros que só quem viu acredita.


Chevette Monza

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Em 1974 a Chevrolet ainda não tinha uma versão esportiva para o Chevette, mas o departamento de estilo da GMB já estava trabalhando para mudar isso. No final daquele ano a fabricante levou ao Salão do Automóvel o Chevette Monza, uma versão esportiva inspirada no Camaro do ano anterior.
Ele tinha um conjunto óptico especial, com molduras salientes e farois retangulares, grade aumentada, com a parte inferior passando por trás dos para-choques, spoiler dianteiro e traseiro, arcos alargadores nos para-lamas e um filete preto ao redor das lanternas traseiras. Por dentro, os bancos teriam encosto alto e instrumentação completa.

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O Chevette Monza estava previsto para ser lançado em 1976, e seria produzido por encomenda com motor 1.4 ligeiramente preparado para render mais que os 68 cv originais. Contudo, o que aconteceu foi que em 1976 a GM optou por lançar uma versão menos radical do modelo, adotando somente uma pintura de dois tons e uma leve modificação na taxa de compressão que deu ao modelo 3 cv. O nome também mudou, deixando de ser Chevette Monza para se tornar Chevette GP. Aquele que todos conhecemos.

Chevette SR

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Antes da versão de produção que veio à sua cabeça ao ler este subtítulo a Chevrolet produziu um estudo de design baseado no Chevette. Ele tinha pintura degradê, dianteira aerodinâmica sem grade dianteira, spoiler na traseira e instrumentação completa. De certa forma ele lembrava até o Vauxhall Chevette HSR, o esportivo inglês com motor 2.3 16v. Sob o capô estava o novo motor 1.6, bem mais potente que o 1.4 que equipava o GP II.
Parecia bom demais para ser verdade e de fato era. O Chevette SR 1978 era apenas um estudo de design. O conceito ao menos serviu como referência para o desenvolvimento da versão S/R de produção, lançada em 1980 e baseada no novo modelo hatch.

Perua Monza

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Na primeira metade dos anos 1980 a Ford Belina reinava sozinha como perua média — a Parati só apareceria em 1984 e a Elba um ano mais tarde. Diante disso, a GM do Brasil achou que poderia ser uma boa ideia oferecer aqui a perua do Monza, que tinha uma versão Caravan nos EUA, na Austrália e na Inglaterra.
A GM chegou a trazer um modelo para clínicas e pesquisas de mercado, e o lançamento foi aguardado para 1984 e depois para 1987, segundo as revistas da época (Auto Esporte e Quatro Rodas). Mas em algum momento da história a GM desistiu da ideia — talvez preocupada com uma possível canibalização da Caravan quatro-cilindros, ou até mesmo devido a uma eventual proximidade de preços com a perua do Opala, o que inviabilizaria a Monza “Caravan”.

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O fato é que quem aproveitou a brecha foi a Envemo, que fabricou peruas Monza de duas e quatro portas baseada usando o sedã como base. A perua média da GM só apareceu nos anos 1990, derivada do Kadett. Era a Chevrolet Ipanema (inicialmente Kadett Ipanema), que na prática era a sucessora da Marajó na Europa.

Corsa A

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No final de 1983 a GM trouxe ao Brasil dois exemplares do Opel Corsa A, a primeira geração do modelo que faria sucesso por aqui nos anos 1990. A intenção era testá-los para decidir se o modelo seria produzido aqui como resposta ao Fiat Uno e ao Volkswagen Gol. Segundo a Quatro Rodas de janeiro de 1984, que flagrou os exemplares em testes, o lançamento aconteceria até 1986.
Mas como sabemos, não foi bem isso o que aconteceu. O Chevette teve sua carreira prolongada até 1993. O Corsa só chegou ao Brasil em 1994, já em sua segunda geração e causando uma pequena revolução no segmento de entrada com seu visual “redondo” que lhe rendeu o apelido de “Kinder Ovo”, outro lançamento que fez sucesso naquele ano.

Senator

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No fim dos anos 1980 o Opala já estava nas últimas. O projeto estava completando 20 anos e havia passado por duas reestilizações significativas para tentar atualizá-lo, mas as linhas gerais já denunciavam sua idade avançada. Enquanto isso, a GM decidia qual seria seu sucessor e um dos candidatos era o Opel Senator, uma variação maior e mais luxuosa do Omega.
A GM chegou a testá-lo e a fazer clínicas com consumidores no Brasil, mas no fim acabou decidindo lançar o modelo menor e menos luxuoso, o Omega. O resto da história todos conhecemos muito bem.

Vectra 2.5 V6

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Em 1997 a GM do Brasil pensava em lançar como versão topo de linha o Vectra 2.5 V6, de 175 cv. O modelo poderia ser um bom substituto para o Omega, que deixou de ser produzido no ano seguinte já carregando o peso do tempo e chegou a ser trazido para testes e clínicas. Contudo, a GM optou por trazer a nova geração do Omega baseada no Holden Commodore, equipada com um 3.8 V6 de 197 cv.


Fonte: http://www.flatout.com.br/90-anos-da-gm-os-carros-perdidos-que-a-chevrolet-quase-fabricou-no-brasil/

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